segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Augustus H. Stong (1836-1921): Calvino e a Extensão da Expiação

1) Participação inconsciente na expiação de Cristo, em virtude de nossa comum humanidade Nele, nos torna herdeiros de muitas bençãos temporais. Participação consciente na expiação de Cristo, em virtude de nossa fé Nele e na sua obra trabalho por nós, nos dá a justificação e a vida eterna. Matthew Henry disse que a expiação é "suficiente por todos, eficaz para muitos" J.M .Whiton, no “The Outlook, 25 de setembro de 1897” - Foi Samuel Hopkins de Rhode Island (1721-1803) quem primeiro declarou que Cristo fez expiação por todos os homens e não somente pela parte eleita, como os calvinistas afirmam.” Nós devemos dizer “como alguns calvinistas afirmam”, pois, como veremos, o próprio João Calvino declarou que "Cristo sofreu pelos pecados de todo o mundo". Alfred Tennyson a uma vez perguntou para uma senhora metodista quais eram as novas. “Ora, Sr. Tennyson, só há uma nova que eu sei, - que Cristo morreu por todos os homens." E ele disse a ela: "Isso é notícia velha, boa notícia, e notícia nova". Augustus Hopkins Strong, Systematic Theology: A Compendium (Valley Forge, PA: The Judson Press, 1907), 772. [Some reformatting and underlining mine]

domingo, 28 de novembro de 2010

Curt Daniel: Os Cinco Pontos do Calvinismo

Quem governa o universo, Deus ou o homem? Essa é a básica questão da teologia. O sistema de teologia conhecido como calvinismo responde sem qualquer apologia ou compromisso: “Deus é o Rei”. Virtualmente todos os outros sistemas de teologia podem dizer que concordam, mas sobre uma minucioso escrutinio, eles colocam o homem no trono com Deus, ou até depõe Deus completamente e entronizam o homem.

Talvez você possa ter se perguntado o que é esse calvinismo para fazer uma afirmação tão ousada. Obviamente ele é associado com o nome de João Calvino, mas essa teologia é mais antiga. É ensinada em ambos os testamentos da Bíblia. Muitos dos antigos pais a ensinaram, especialmente o grande Agostinho. Muito dos reformadores protestantes foram ou calvinistas ou no básico concordavam com sua teologia, tais como Martinho Lutero. Em seguida, houve os puritanos ingleses e americanos, como John Bunyan eMatthew Henry, dos quais quase todos criam no calvinismo. Mais tarde, pregadores e teólogos calvinistas incluiam Jonathan Edwards, Charles Hodge, Charles Haddon Spurgeon, AW Pink, Martin Lloyd-Jones e James I. Packer. O Calvinismo tem prosperado sobretudo na Grã-Bretanha, Holanda e América.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Jonathan Edwards (1703–1758): Sobre a Morte de Cristo



Redenção Particular


1)Expiação Limitada. Deus não tinha a intenção de salvar aqueles, pela morte de Cristo, que Ele sabia, desde toda a eternidade, que Ele não salvaria por Sua morte. Se Ele intentou salvar alguém, foram aqueles que Ele sabia que seriam salvos. (Miscellanies 21)

2) Expiação é Suficiente. Cristo morreu por todos nesse sentido: que todos por Sua morte tem uma oportunidade de serem salvos. Ele teve esse designio em morrer para que eles tivessem essa oportunidade por ela, pois Deus designou que todos os homens tivessem tal oportunidade, ou eles não a teriam, e eles a tem pela morte de Cristo. Isso, no entanto, não é concebido da expiação, mas somente pela preservação de Seu ser. Paulo usa o termo de maneira semelhante em 1 Tm. 4:10: “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porque temos posto a nossa esperança no Deus vivo, que é o Salvador de todos os homens, especialmente dos crentes.” (Miscellanies 424)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Wolfgang Musculus(1497-1563) : 2 Corintios 5:14

"Se um morreu por todos, logo todos morreram".


Sem dúvida nenhuma, ninguém tem amor maior do que aquele que dá sua vida por seus amigos. Na verdade, Cristo não morreu somente  por seus amigos, mas também por [seus] inimigos, nem por algumas pessoas apenas, mas por todas as pessoas. Esta é a  imensurável grandeza do amor divino ...




Na verdade, nós não entendemos que Cristo morreu por todos de forma que sua eficácia alcance comumente a todas [as pessoas]. Assim, ela [a morte de Cristo] não é recebida pelos réprobos, incrédulos e impenitentes, embora, por si só seja suficiente para redimir toda a raça humana. A salvação é proposta ser por todos e suficiente por todos, e agora pode ser recebida por todos, "Deus amou o mundo que deu seu filho unigênito, para que todo aquele que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna"( João 3).  Assim Ele morreu por todos (porque todos estavam mortos) para que todo aquele que Nele crer  possa ser trazido de volta à vida e ser salvo.

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

David Ponter: João 10:15 e o Argumento para Expiação Limitada

O leitor deve manter algumas coisas em mente ao ler este breve ensaio.

Em primeiro lugar, essa é uma análise não-acadêmica da lógica envolvida no estabelecimento de um caso para a expiação limitada dos versículos em João 10:15 e João 10:26. A intenção é dispor o caso de uma forma não-técnica para leitores leigos. Não pretende ser uma discussão exaustiva das questões envolvidas.

Em segundo lugar, pode-se dizer que existem dois tipos de argumentos que utilizam João 10:15 para provar a expiação limitada. O primeiro é o que eu chamaria de uma forte forma de argumentação. Esta forte forma do argumento insiste que João 10:15 com 10:26 estabelecem uma dicotomia rígida entre aqueles para quem Cristo morreu e aqueles para quem Ele não morreu. Ou seja, em nenhum sentido peculiar Cristo morreu para os não-eleitos. Por "sentido peculiar", eu quero dizer, ou em termos de relacionamento penal ("pelos pecados de quem Cristo foi punido?"), ou da intencionalidade divina para salvar (ou pela vontade secreta ou revelada). A questão afirmada desta forma evita as distraidas afirmações por alguns defensores da expiação limitada que Cristo morreu por todos, na medida em que assegurou que a graça comum beneficiasse a todos.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Richard Muller: Sobre Dort e Expiação Limitada

Em um segundo capítulo, os Cânones tratam do problema da relação do sacrifício de Cristo para a salvação dos eleitos. Como a forma dos Cânones está tão intimamente relacionada com as formas do Remonstrance  é incorreto afirmar que o Sínodo derivou um conceito de Expiação Limitada dos decretos. O segundo capítulo dos Cânones decorre logicamente não do seu primeiro capítulo, mas do segundo capítulo do Remonstrance.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Richard Muller: O Que Dort Realmente Afirma e não Afirma


A questão em debate entre Calvino e os reformados posteriores não implica qualquer debate sobre o valor ou mérito da morte de Cristo. Praticamente todos concordavam que era suficiente para pagar o preço pelos pecados de todo o mundo. 



Nem era a pergunta em questão se todos os seres humanos seriam realmente salvos. Todos (incluindo Arminius) concordavam que este não era o caso. Para colocar isso de outra forma: se "expiação" é tomada como significando o valor ou a suficiência da morte de Cristo, ninguém ensinou Expiação Limitada - e se a expiação é tomada como significando a real salvação realizada em pessoas em particular, ninguém ensinou a expiação ilimitada (exceto, talvez, o muito criticado Samuel Huber).