1) Aqueles textos que declaram que Cristo morreu por todos “são comumente e não impropriamente entendidos" no sentido literal. Alguns dos homens da posição intermediária e mesmo alguns dos maiores defensores de uma expiação limitada, distintamente sustentam essa construção dos textos. Os delegados de Hesse disseram:
"Sobre a primeira proposição [que Cristo Jesus, o Salvador do mundo, morreu por todos e cada um da humanidade], nós não contendemos com nenhum homem, uma vez que os escritos sagrados expressamente dizem que Cristo morreu por todos (apesar de nunca dizer “para cada um”), e é a propiciação pelos pecados do mundo todo."
Edward D. Griffin, An Humble Attempt to Reconcile the Differences of Christians Respecting the Extent of the Atonement, (New York, Printed by Stephen Dodge, 1819), 371.
2) Os delegados de Hesse disseram:
"Sua paixão e morte foram necessariamente de valor infinito, de modo que todos e cada um da humanidade, desde que apenas se unam a Cristo por uma verdadeira fé, por meio ou por causa da sua paixão e morte, serão recebidos na graça e no favor de Deus"
Eles acrescentaram:
"Foi o conselho e decreto de Deus, o Pai, que Cristo, pela sua paixão e morte pagasse tal resgate – e isso nunca foi negado pelos doutores da igreja reformada".
Os teólogos de Hesse apresentaram o seguinte conjunto de teses:
1. Um terço de seu argumento examinou o segundo artigo Remonstrante em si. Eles notaram que este artigo realmente continha três afirmações: que Cristo morreu por todos, que Ele mereceu a reconciliação por todos, e que só os crentes verdadeiramente compartilham dessa reconciliação. Os delegados de Hesse notaram que as três declarações seriam aceitáveis se as duas primeiras se referissem somente a suficiência da morte de Cristo. No entanto, eles duvidaram que os Remonstrantes tinham a intenção de se referir à suficiência nessas declarações, especialmente na segunda. Os teólogos de Hesse rotularam os Remonstrantes como heterodoxos.
Godfrey, W.R. Tensions Within International Calvinism: The Debate on the Atonement at the Synod of Dort, 1618-1619. (Ph.D diss., Stanford University, 1974), 191.
Fonte: http://calvinandcalvinism.com/?p=183