sábado, 4 de junho de 2016

Tomas de Aquino (1225-1274): Punido por Todos - Satisfação Infinita



Mas deve ainda ser notado que a satisfação também é medida de acordo com a dignidade de quem satisfaz. Porque um pedido de desculpas de um rei oferecido na satisfação de alguma injúria é considerado maior do que se alguém mais se ajoelhasse, ou se prostrasse nu, ou realizasse qualquer humilhação para satisfazer o que foi injuriado.

Nenhum mero homem, no entanto, teve a infinita dignidade tal que sua satisfação pudesse ser reputada [como] digna em relação à injúria feita a Deus. Por isso, era necessário que um homem de infinita dignidade fosse encontrado a quem submetesse a punição por todos e assim satisfizesse plenamente pelos pecados de todo o mundo. Por isso, então, o Verbo unigênito de Deus, verdadeiro Deus e Filho de Deus, assumiu a natureza humana e quis sofrer a morte na qual, satisfazendo, Ele pode limpar toda a raça humana do pecado. Assim, São Pedro também diz:

"Cristo morreu uma vez pelos nossos pecados, o justo pelos injustos, para que Ele pudesse nos oferecer a Deus" (1 Ped 3, 18).



Thomas Aquinas, On Reasons for Our Faith Against the Muslims, and a Reply to the Denial of Purgatory by Certain Greeks and Armenians: To the Cantor of Antioch, trans. Peter Damian M. Fehlner (New Bedford, MA: Franscicans of the Immaculate, 2002), 52-53.

Nota do blog: Título e ressaltação em negrito adicionados.

Fonte: http://calvinandcalvinism.com/?p=105

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