Foi objetado, embora
não pelo Sr. B[ooth]
Se os benefícios de sua morte nunca foram intentados para os não-eleitos, não é inconsistente convidá-los a participar deles havendo uma falta de suficiência?”
Ao que eu respondo:
1.É um fato que as
Escrituras fundamentam o convite geral do evangelho sobre a expiação
de Cristo.
“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. 2 Coríntios 5:20-21
“Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas”. Mateus 22:4
“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16
2. Se não houvesse a suficiência da expiação para a
salvação dos pecadores, e ainda assim eles fossem convidados a se
reconciliarem com Deus, eles seriam convidados para o que é
naturalmente impossível. A mensagem do evangelho seria, neste caso,
como se os servos que saíram para fazer a oferta aos convidados
tivessem dito: "Venha", mas, na verdade, se muitos deles
viesse nada estaria pronto.
3. Se há uma objetiva plenitude
na expiação de Cristo suficiente para qualquer número de
pecadores, viessem eles a crer Nele, não há outra impossibilidade
no caminho da salvação de qualquer homem a quem o evangelho vem
além do que surge a partir do estado de sua própria mente.
A
intenção de Deus de não remover a impossibilidade, e, portanto,
não salvá-lo, é apenas uma resolução de reter, não somente
aquilo que ele não era obrigado a dar, mas também aquilo que nunca
é representado como necessário para a consistência de exortações
e convites a um cumprimento.
Eu não nego que haja uma
dificuldade, mas ela pertence ao tema geral de conciliar os
propósitos de Deus e a agência humana; enquanto que, no outro caso,
Deus é representado como convidando os pecadores para participar
daquilo que não existe , e que, portanto, é naturalmente
impossível. Num caso, enquanto atribui a salvação do crente, em
todos os estágios da mesma, à mera graça, [também] torna o
incrédulo indesculpável, no outro caso, eu julgo que não.
Andrew Fuller, The
Complete Works of Rev. Andrew Fuller with a Memoir of his Life, By
Andrew Gunton Fuller in two Volumes (Boston: Gould, Kendall
and Lincoln, 1836), 1:674 // Andrew Fuller, “Six Letters to Dr.
Ryland Respecting The Controversy with the Rev. A. Booth: Letter III
on Substitution,” in The Works of Andrew
Fuller (Harrisonburg, VA: Sprinkle Publications, 1988),
2:709. [Some reformatting; some spelling modernised; bracketed insert
mine; and underlining mine.]
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