quarta-feira, 20 de abril de 2011

John Piper: Os Cinco Pontos do Calvinismo Conforme a Bíblia¹

Nós somos cristãos. Seres radicais, de sangue puro, saturados de Bíblia, exaltadores de Cristo e centrados em Deus. Nós avançamos com missões, ganhamos almas, amamos a igreja, buscamos a santidade e saboreamos a soberania. Somos completamente embriagados pela graça, quebrantados de coração e felizes seguidores do Cristo onipotente crucificado. Pelo menos esse é o nosso compromisso imperfeito.

Em outras palavras, somos calvinistas, mas esse rótulo não é nem um pouco útil para dizer às pessoas no que você realmente acredita! Então esqueça o rótulo, se isso ajudar, e diga a elas claramente, sem evasivas e sem ambiguidade, o que você acredita a respeito da salvação.


Se eles disserem “Você é um calvinista?” diga “Você decide. É nisso aqui que eu creio…”

terça-feira, 12 de abril de 2011

Stephen L. Costley: Compreendendo o Argumento de Calvino contra Heshusius




Na disputa Calvino versus calvinistas, a questão é esta: Calvino ensinou a expiação limitada? Essa é a questão. Para aqueles que argumentam que Calvino ensinou a expiação limitada, a evidência com apelo mais forte à primeira vista é a declaração feita por Calvino em seu tratado contra Heshusius. Aqui está a declaração:




Mas a primeira coisa a ser explicada é como Cristo está presente com os incrédulos, como sendo o alimento espiritual das almas, e, em suma, a vida e a salvação do mundo. E como ele adere tão obstinadamente às palavras, gostaria de saber como os ímpios podem comer a carne de Cristo que não foi crucificado por eles? E como eles podem beber o sangue que não foi derramado para expiar seus pecados?” Calvin, Theological Treatises, 285.

A pessoa que insiste que Calvino ensinou expiação limitada vê justificação para a sua posição na pergunta de Calvino: "gostaria de saber como os ímpios podem comer a carne de Cristo que não foi crucificado por eles? E como eles podem beber o sangue que não foi derramado para expiar seus pecados?" Claramente aqui, eles dizem, se não em outro lugar, Calvino nos diz que existem alguns homens pelos quais Cristo não foi crucificado.

Muitos tomam isso como sendo a “clara” e convincente declaração de Calvino sobre a extensão da expiação, pela luz da qual eles interpretam todos as outras declarações de Calvino sobre a questão.

Eu coloquei "clara" entre aspas acima porque eu não quero ser mal interpretado como sugerindo que os defensores da expiação limitada tem interpretado corretamente as declarações de Calvino. Na verdade, eles as têm interpretado horrivelmente mal. O defensor da expiação limitada vê a pergunta de Calvino como retoricamente ensinando que existem alguns homens, isto é, os ímpios, por quem Cristo não morreu. Sua carne "não foi crucificado por eles" e seu sangue "não foi derramado para expiar os seus pecados."

Mas a questão não é tão simples como é normalmente apresentada.

Este artigo consiste em três partes. Na primeira parte, darei seis razões pelas quais eu rejeito a idéia de que Calvino estava ensinando a doutrina da expiação limitada na famosa declaração de Heshusius. Na segunda parte eu irei oferecer uma alternativa para a compreensão da declaração de Calvino. Essa alternativa oferece uma explicação plenamente satisfatória da declaração de Calvino. Uma explicação que leva em conta o contexto da teologia de Calvino como um todo, sua teologia da Ceia do Senhor, e seu argumento particular contra Heshusius. Na terceira parte, irei sugerir que a doutrina da Ceia do Senhor revelada no tratado contra Heshusius é realmente um argumento forte contra a idéia de que Calvino poderia ter sustentado a doutrina da expiação limitada. 

sábado, 9 de abril de 2011

Augustus Nicodemos Lopes: Sobre a Expiação Limitada e Ilimitada de Mark Driscoll

Pergunta: Gostaria de saber qual é a opinião do senhor sobre a posição do Driscoll quanto à expiação, ele chama a visão dele de Expiação Limitada Ilimitada.



Resposta: 


Sobre a posição do Driscoll sobre a expiação, com certeza ele não é arminiano e nem universalista. À semelhança de muitos outros teólogos reformados, busca entender as passagens que afirmam a morte de Cristo exclusivamente pelos eleitos e aquelas outras que falam que ele é a propiciação pelos pecados do mundo todo.

Não é uma equação fácil de resolver e devemos admitir que há diferentes interpretações dentro das fileiras reformadas. Driscoll está bem dentro destas fileiras e buscando entendimento sobre o assunto.

Fonte: http://tempora-mores.blogspot.com/2011/04/um-culto-em-mars-hill-church.html
Pergunta respondida em 08/04/11 às 13:08

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Samuel H. Cox (1793-1880): Um Diálogo entre um Defensor da Expiação Limitada e um Defensor da Expiação Ilimitada¹


Um teólogo muito respeitável de simpatia restritiva, recentemente conversando sobre este tema com o escritor, ocasionou o seguinte diálogo, dado em forma abreviada substancialmente como ocorreu na presença de vários outros homens do clero.

Nota do blog: O defensor da expiação limitada é chamado de “restricionista” e o defensor da expiação ilimitada é chamado de “plenista”. Termos utilizados na época



Restricionista. Os senhores do plano de expiação plena, erram, na minha opinião, principalmente porque vocês compreendem mal ou muito pouco a ciência da interpretação.

Plenista. Isso é estranho. Os teólogos do nosso caminho parecem ter sido os maiores e mais ilustres nesse departamento, tanto aqui como na Europa. Olhe para Barnes, Stuart, Dwight, e a maioria dos teólogos da Nova Inglaterra. Olhe para Jay, Raffles, Morison, Wardlaw, Newton, Fuller, Hall, e em épocas passadas, Doddridge, Watts, Howe, Baxter, e outros tantos que voltam para Calvino!

R. Ah! Você não entendeu eles, assim como faz com a Bíblia. Expressões gerais como o mundo, cada homem, todos os homens, e assim por diante, não devem ser tomadas literalmente todas as vezes.