quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jonathan Edwards (1703–1758): Expiação Limitada e Suficiente

Miscellanies:

21. Expiação Limitada. Deus não intentava salvar aqueles, pela morte de Cristo, que
Ele sabia, desde toda a eternidade, que não seriam salvos por sua morte. Se ele intentasse salvar alguém, seriam aqueles que Ele sabia que seriam salvos.

424. Expiação é Suficiente. Cristo morreu por todos nesse sentido: que todos por sua morte tem uma oportunidade de serem salvos. Ele teve esse designio em sua morte para que eles tivessem essa oportunidade por meio dela, porque isso é algo que Deus designou - que todos os homens tivessem tido tal oportunidade - ou eles não a teriam, e eles a tiveram pela morte de Cristo.

Isso, no entanto, não é projetado da expiação mas somente da preservação de seu ser. Paulo usa o termo de uma similar maneira em I Timóteo 4:10 “Ora, é para esse fim que labutamos e nos esforçamos sobremodo, porquanto temos posto a nossa esperança no Deus vivo, Salvador de todos os homens, especialmente dos fiéis”.

Dominic Bnonn Tennant: Os desejos de Deus são frustrados?

Expiação Universal - Parte 4 de 6


Essa objeção é, conforme eu vejo, a menos competente daquelas que eu estou indo considerar. Falando de uma maneira geral, ela se foca na sincera oferta do evangelho – que é tipicamente defendida pelos que tomam a expiação como universal – e tenta demonstrar que ela acarreta obrigatoriamente inconsistência ou irracionalidade em Deus. Isto é, se a salvação é sinceramente oferecida para todos, então segue-se que Deus deve de fato desejar a salvação de todos. Se Ele não desejar, então não seria sincero em oferecê-la.¹ Portanto, é dito que a expiação universal faz com que Deus seja conflitante e irracional – uma vez que , como John Owen coloca:


“Eles afirmam que Deus é dito propriamente esperar e desejar diversas coisas as quais nunca virão a acontecer. 'Nós concedemos' diz Corvinus, 'que existem desejos em Deus que nunca serão realizados'. Agora, certamente, desejar aquilo que é certo que nunca virá a acontecer não é um ato regulado pela sabedoria ou pelo conselho; e portanto, eles devem conceder que, antes, Ele não sabia mas talvez isso pudesse ser. “Deus anseia e deseja algumas coisas boas, as quais não virão a acontecer”, eles dizem, em sua Confissão, de onde uma daquelas duas coisas deve se seguir necessariamente – ou, primeiro, que há uma grande quantidade de imperfeição em sua natureza, desejar e esperar o que sabe que nunca virá a acontecer, ou, então, Ele não sabia, mas isso poderia, o que derruba sua presciência."²


Conseqüentemente, particularistas consistentes negam que Deus pode oferecer aos réprobos a salvação de forma sincera, uma vez que a oferta de algo de forma sincera significa que você quer que a pessoa a aceite. Uma vez que Deus sabe que os réprobos não aceitarão, Ele seria irracional se oferecesse a eles. De fato, uma vez que Ele tem decretado que eles não a aceitarão, parece claro que Ele deseja o oposto. Vincent Cheung declara a matéria com sua força costumeira:

“A doutrina em questão tem sido chamada “a livre oferta”, “a bem intencionada oferta”, e “a sincera oferta” do evangelho[...]Minha posição é que isso faz de Deus um esquizofrênico tolo. Isso é não-bíblico e irracional, e assim deve ser rejeitada e combatida [...]nós não devemos apresentar o evangelho como uma sincera oferta para todos, como se o “desejo” de Deus pudesse diferir de seu Decreto, como se Deus pudesse ou decretasse contra seu “desejo” (quando a Escritura ensina que Ele decreta o que Ele deseja – isto é, seu “bom agrado” - e o que Ele deseja, Ele decreta e faz certo), e como se fosse possível até para os não-eleitos serem salvos [...]³

Existem três principais falhas nessa objeção: