sábado, 2 de novembro de 2013

James Akin: Os Cinco Pontos do Calvinismo (perspectiva católica)¹



Depravação Total


Apesar do nome, esta doutrina não ensina que o homem seja somente ou sempre pecador. Os Calvinistas não pensam que nós somos pecadores tanto quanto o possível. Eles afirmam que nosso livre-arbítrio foi tão atingido pelo pecado original ao ponto de que, a não ser que Deus nos conceda uma graça especial, nós não podermos nos libertar do pecado e escolher servir a Deus por amor. Poderíamos escolher servir a Deus por temor, mas não por verdadeiro amor.

[Não há nada de errado num temor obediente. A bíblia geralmente mostra o temor ao castigo divino como um fator motivador. Amor e uma porção de temor não se excluem; uma criança que ama seus pais também sente um temor respeitoso à sua disciplina. Porém a servidão baseada apenas no temor, para interesse próprio, não agrada a Deus no plano sobrenatural, e por isso não recebe uma recompensa sobrenatural. O amor é fundamental para agradar a Deus e receber recompensas].   

O que um católico poderia pensar desta doutrina? Apesar de não utilizar o termo “depravação total” para descrever essa teoria [muitos calvinistas já assumem que este termo é equivocado. Por exemplo, o autor calvinista R.C. Sproul propõe um termo alternativo “corrupção radical”, apesar de também não ser muito melhor. Lorraine Boettner, outro calvinista, usa um termo mais ajustado “inabilidade total”], ele pode concordar com ela. A doutrina católica diz que, por causa da queda de Adão o homem perdeu o amor sobrenatural e não poderá fazer nada a não ser que Deus lhe conceda uma graça especial.