quinta-feira, 30 de maio de 2013

Jonathan Edwards (1703–1758): Há Duas Vontades em Deus? Sim.





Os Arminianos ridicularizam nossa distinção das vontades secreta e revelada de Deus, ou melhor dizendo, nossa distinção entre o decreto e a lei [de Deus], porque nós dizemos que ele pode decretar uma coisa e ordenar outra; dizem também que nós colocamos inconsistência e contradição em Deus, como se uma vontade sua contradissesse e fosse diretamente contrária a outra.


No entanto, se eles chamarão isso de contradição de vontades, nós certamente e absolutamente sabemos que tal coisa existe, então eis o maior absurdo de discutir a respeito disso.


* Nós e eles [sabemos que foi] a vontade secreta de Deus que Abraão não sacrificasse seu filho, no entanto, ainda assim sua ordem foi para que o fizesse.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Charles Hodge(1797-1878): João 3:16





Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. João 3:16


I.  O objeto do amor de Deus.


O homem, em distinção de todos os outros tipos de seres.  Isso determina nada mais.  Não ensina que a mera benevolência foi o motivo do ato que se fala aqui.  Nem afirma que filantropia ou amor igual ou indiscriminado por toda a humanidade foi a forma do amor de que se fala aqui.  Isso pode ser verdade.  A passagem também é consistente com a suposição de que foi o distinto ou peculiar amor por seu povo.  Qual delas é a real ou verdadeira visão da matéria é algo que depende da analogia das Escrituras.  Quando é dito que Cristo é o Salvador do mundo, o Salvador dos homens, isso é consistente com a doutrina que diz que Ele não salva todos os homens ou que salva somente seu povo.  Em um caso ou no outro, Ele é o Salvador dos homens.

O homem considerado como o objeto do amor de Deus, há considerações que enaltecem o caráter desse amor.

1.  A insignificância do homem, absolutamente e relativamente.  O que é o homem na imensidade das obras de Deus, e o que é ele em comparação com a mais alta ordem de inteligências?

2.  Sua culpa.  Ele mesmo não é o adequado objeto de amor ou recipiente de favores.  Ele não merece nada, a não ser a ira e a maldição de Deus.

3.  Ele é pouco atraente.  No mais alto grau repulsivo e não amável.

Por que Deus, então, amaria o homem é [algo] maravilhoso e misterioso.  É inexplicável.  É algo para o qual nenhuma razão pode ser dada.  É, portanto, algo difícil de se acreditar.  Difícil, não para o impenitente e insensível, mas sim para o pecador convencido e iluminado.  Isso necessita, portanto, não só das garantias e afirmações das Escrituras, mas também da mais clara manifestação, e assim mesmo isso não é suficiente.  Requer a especial revelação e testemunho do Espírito Santo de que nós somos objetos do amor de Deus.


domingo, 19 de maio de 2013

Frank Brito: 2 Pedro 2:1 e 2:20-22



PARTE 1: PODEM SE PERDER AQUELES QUE O SENHOR COMPROU?


“E também houve entre o povo falsos profetas, como entre vós haverá também falsos doutores, que introduzirão encobertamente heresias de perdição, e negarão o Senhor que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina perdição”. (II Pedro 2:1, Almeida Corrigida e Fiel)

Este é um texto frequentemente usado para defender que um verdadeiro salvo pode acabar perdendo sua salvação. Pois o texto fala de “falsos doutores” que “negarão o Senhor que os resgatou“. Isso não significa que eles já foram uma vez salvos e deixaram de ser por meio de suas “heresias de perdição”?

Bispo Walter Maclister: Os Cinco Pontos do Calvinismo¹




Na nossa busca pela verdade, é vital que a encontremos – não a verdade que queremos que seja, mas a verdade que é. Já faz muito tempo que desisti de tentar fazer a Bíblia dizer o que mais me agrada. Ela está cheia de coisas difíceis de aceitar, a não ser que eu me ponha como servo delas e não como juiz das Sagradas Letras. Espero que possamos fazer exatamente isso. Não pretendo, por intermédio desta série sobre calvinismo que tenho escrito no blog, resolver todas as nossas dúvidas. Mas queria, no mínimo deixar bem claro o que está em jogo aqui. O que está em jogo é a verdade. E somente a verdade, nada mais e nada menos, nos libertará

Quando falamos de calvinismo, temos de entender que esta rubrica abrange um gama teológica que vai muito além dos tão celebrados “cinco pontos”, ou seja, a sua soteriologia (doutrina de salvação). Na intenção de escrever uma defesa da fé para o rei da França, Calvino escreveu uma teologia sistemática, que até hoje, continua sendo uma das mais fáceis de se ler. Isso se deve, em parte, ao fato de o rei da França não ter sido nenhum intelectual de expressão. Além disso, o livro serviria como um curso para membros da igreja.



Os cinco pontos, conhecidos pelo acróstico TULIP, são:

sábado, 18 de maio de 2013

David Ponter: Romanos 8:32 e o Argumento pela Satisfação Limitada (Revisitado)

Parte I – Introdução



Em Romanos 8:32, Paulo afirma:

"Aquele que não poupou a seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, como não nos dará também com ele todas as coisas?"


Paulo usa um argumento básico a fortiori para demonstrar que se o Pai entregou Cristo por nós, o quão, então, ele não nos dará todas as coisas. Se ele fez tamanha coisa por nós, como então ele não fará menores coisas para nos levar à salvação final?

O argumento pela satisfação limitada:

Paulo baseia a certeza de nossa herança na morte de Cristo. Ele diz, “Deus mais certamente dará todas as coisas a vós porque ele não poupou o seu próprio Filho, mas o entregou por vós”. Se Cristo é dado por aqueles que não recebem de fato “todas as coisas”, mas são, em vez disso, finalmente danados, o argumento de Paulo é esvaziado. Se Deus deu seu próprio Filho a descrentes que são finalmente perdidos, então ele não pode dizer que dar o Filho garante “todas as coisas” para aqueles por quem ele morreu. Mas isto é exatamente o que ele de fato diz. Se Deus deu seu Filho por vós, então ele mais certamente dará todas as coisas a vós. A estrutura do pensamento de Paulo aqui é simplesmente destruída introduzindo a ideia que Cristo morreu por todos os homens da mesma maneira.

Aqui está a mais simples maneira que eu penso de responder a este argumento a fim de mostrar por que ele é inválido.

Andrew Fuller (1754-1815): A Satisfação de Cristo em Relação à Livre Oferta

Foi objetado, embora não pelo Sr. B[ooth]

"Como é que a suficiência da morte de Cristo concede um amplo fundamento para convites gerais, se o desígnio foi confinado para o povo eleito?

Se os benefícios de sua morte nunca foram intentados para os não-eleitos, não é inconsistente convidá-los a participar deles havendo uma falta de suficiência?”



Ao que eu respondo:

1.É um fato que as Escrituras fundamentam o convite geral do evangelho sobre a expiação de Cristo.

“Isto é, Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados; e pôs em nós a palavra da reconciliação. De sorte que somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus por nós rogasse. Rogamo-vos, pois, da parte de Cristo, que vos reconcilieis com Deus. Aquele que não conheceu pecado, o fez pecado por nós; para que nele fôssemos feitos justiça de Deus”. 2 Coríntios 5:20-21

“Depois, enviou outros servos, dizendo: Dizei aos convidados: Eis que tenho o meu jantar preparado, os meus bois e cevados já mortos, e tudo já pronto; vinde às bodas”. Mateus 22:4

“Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna”. João 3:16

quarta-feira, 8 de maio de 2013

D. A. Carson: As Cinco Formas em que a Bíblia Fala do Amor de Deus




Deus ama a todos, não? Ele não faz chover sobre justos e injustos? Mas ele não amou a Jacó e Israel e rejeitou Esaú e os gentios? O amor de Deus é incondicional, não é? Mas, não precisamos permanecer em seu amor?

Confuso? No vídeo abaixo, D. A. Carson, [um dos] palestrantes da Conferência Fiel de 2013, apresenta o que ele chamou de “A Difícil Doutrina do Amor de Deus“ mostrando as cinco formas em que a Bíblia fala do amor de Deus.